Laura Benedita recebe assistência da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, no Rio Grande do Norte

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

Nesse contexto, desde 2015, o Banco do Brasil, em parceria com a Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC – contribui de forma significativa no combate à doença. A Ação Infância e Vida já arrecadou em doações mais de dois milhões de reais (R$2.143.933,77) em prol de dezenas de instituições e milhares de crianças e adolescentes com câncer por todo o Brasil. Mas a Ação Infância e Vida busca, além de doações de recursos financeiros, fomentar a educação para o diagnóstico precoce do câncer e o engajamento do Voluntariado BB para atuar junto às Casas de Apoio filiadas à CONIACC.

Os recursos oriundos da Ação Infância e Vida, na maioria das vezes, são utilizados pelas instituições para a compra de medicamentos, alimentação, realização de exames, custeio de insumos médicos e muitas outras necessidades dos pacientes e das próprias Casas de Apoio. Todas as regiões do país são impactadas positivamente com esse fundamental apoio. São 54 instituições filiadas que juntas representam um universo de milhares de famílias beneficiadas. Essa corrente do bem, fomentada pelo BB, se transforma num poderoso instrumento, capaz de mudar a realidade de inúmeras vidas, como a da pequena Laura Benedita, de apenas 5 anos. Laura foi diagnosticada com anemia falciforme e recebe assistência da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, no Rio Grande do Norte.  Ela iniciou o tratamento em março de 2014, poucos meses após seu nascimento, e desde 2015 é beneficiada com os recursos oriundos da Ação Infância e Vida em seu tratamento.

Hoje existem três principais tipos de tratamento para o câncer na infância e na adolescência: quimioterapia, radioterapia e cirurgia. A brevidade na descoberta da doença é o maior aliado nessa batalha. O diagnóstico precoce, muitas vezes através da observação dos sinais e sintomas do câncer, pode proporcionar uma verdadeira revolução na crescente expansão da doença. Esse é apenas um motivo para estimular o engajamento e as doações para essa nobre causa.

Fontes: Gustavo Farache e Jouse Azevedo (Assessoria da Coniacc)